Pergunta 073. O instinto é independente da inteligência?
— Precisamente, não, porque é uma espécie de inteligência. O instinto é uma inteligência não racional; é por ele que todos os seres provêm às suas necessidades.
Pergunta 074. Pode-se assinalar um limite entre o instinto e a inteligência, ou seja, precisar onde acaba um e onde começa o outro?
—Não, porque eles freqüentemente se confundem; mas podemos muito bem distinguir os atos que pertencem ao instinto dos que pertencem à inteligência.
Pergunta 075. É acertado dizer que as faculdades instintivas diminuem, a medida que crescem as intelectuais?
— Não. O instinto existe sempre, mas o homem o negligencia. O instinto pode também conduzir ao bem; ele nos guia quase sempre, e às vezes mais seguramente que a razão; ele nunca se engana.
Pergunta 075. a ) Por que a razão não é sempre um guia infalível?
— Ela seria infalível se não existisse falseada pela má educação, pelo orgulho e egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite ao homem escolher, dando-lhe o livre-arbítrio.
Comentário de Kardec: O instinto é uma inteligência rudimentar, que difere da inteligência propriamente dita por serem quase sempre espontâneas as suas manifestações, enquanto as daquela são o resultado de apreciações e de uma deliberação.
O instinto varia em suas manifestações segundo as espécies e suas necessidades. Nos seres dotados de consciência e de percepção das coisas exteriores, ele se alia à inteligência, o que quer dizer, à vontade e à liberdade.
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