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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Do que Deus gosta?


"A Bondade Infinita tem braços tão grandes que envolvem qualquer coisa que se volte para ela.”
Dante Alighieri
  
Do que Deus gosta?

Logo depois que seu irmãozinho nasceu, a pequena Amanda começou a pedir aos pais que a deixassem sozinha com o bebê. Mas os pais, preocupados com o que ela iria fazer com o neném, não permitiram.
Pensaram que ela pudesse estar com ciúmes e pretendesse sacudi-lo ou machucá-lo, comportamento comum em crianças de 4 anos, que era o caso da pequena Amanda.
Todavia, a menina não mostrava sinais de ciúmes. Tratava o bebê sempre com bondade e carinho, e seus apelos para ficar a sós com ele eram cada vez mais insistentes.
Os pais, após conversarem sobre o assunto, decidiram atender ao pedido de Amanda e permitiram que ela e o irmãozinho tivessem um momento a sós.
Satisfeita, a menina foi para o quarto do bebê e fechou a porta, mas esta abriu-se um pouquinho, o suficiente para que os pais, curiosos, espiassem e ouvissem.
Notaram, então, que a garotinha andou nas pontas dos pés até seu irmãozinho, aproximou seu rosto bem pertinho do dele e disse devagar: Bebezinho, me fale sobre o que Deus gosta, eu estou quase começando a esquecer.

* * *

O fato é singelo mas traz em si motivos de profundas reflexões.
Ao notarmos o comportamento das crianças, podemos compreender porque Cristo disse que o reino de Deus é daqueles que são como elas.
Jesus não afirma que o Reino de Deus é das crianças, mas daqueles que a elas se assemelham.
Observando as crianças, podemos notar que a inocência, a pureza, a benevolência, a sinceridade lhes são características.
Assim, podemos entender que eram essas virtudes que Jesus afirmava serem necessárias àqueles que desejam chegar ao Reino de Deus.
O apóstolo Pedro, em sua 1ª epístola, também fala que é preciso despojar-nos da falsidade, da hipocrisia, da inveja, da maledicência, como crianças que desejam o leite espiritual não falsificado, que nos fará crescer.
Jesus ainda assegura que quem não receber o reino de Deus como uma criança, jamais nele entrará.
Com esta afirmativa do Cristo, percebemos que existem virtudes sem as quais não conseguiremos galgar degraus na escala evolutiva e que, portanto, devemos conquistá-las.
Em outro momento Jesus afirma que o Reino de Deus está dentro de nós, o que torna ainda mais evidente a necessidade do autoconhecimento e da nossa reforma íntima, segundo a moral cristã.
Dessa forma, vale a pena buscar, em nossa infância distante, aquelas virtudes que perdemos no transcorrer do tempo.
E, conforme recomendou o Apóstolo Pedro, vale a pena resgatar a nossa sede de leite espiritual não falsificado pela competição desenfreada e pelas pseudonecessidades da sociedade moderna.
E por fim, vale a pena buscarmos relembrar, como a pequena Amanda, do que Deus gosta.

* * *

Cada criança é um Espírito reencarnado em novo corpo.
Como tal, traz consigo as experiências felizes ou infelizes, já vividas. É por esse motivo que o Reino de Deus não é para as crianças, mas para aqueles que a elas se assemelham, ou seja, que tenham puro o coração

Redação do Momento Espírita com base no cap. 10, versículos 14 e 15 do Evangelho de Marcos e no cap. 2 da 1ª Epístola de Pedro.

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